Azidus: 25 anos de excelência em pesquisa clínica e o que esperar para o futuro

Liderada pela fundadora e CEO, Luciana Ferrara, e pelo COO, Paulo Fernandes, a Azidus é a segunda investida do novo fundo da Green Rock. 

Trata-se de uma Contract Research Organization (CRO) que, em português literal, é um termo traduzido como “Organização de Pesquisa por Contrato”, mas é melhor compreendido como “Organização Representativa de Pesquisa Clínica”. A nomenclatura se refere a empresas responsáveis por planejar, gerenciar e desenvolver ensaios clínicos para outros players da indústria, como farmacêuticas e desenvolvedoras de tecnologias. 

Com 25 anos de experiência no mercado, a Azidus é referência em pesquisa clínica e atende grandes empresas ao redor do mundo, como Cristália, E.M.S., AstraZeneca, GSK, Biogen, Instituto Butantan e P&G. 

Como especialista em pesquisa, a Azidus acelera descobertas e transforma ciência em soluções reais para a saúde, motivo pelo qual é a nova integrante do portfólio de investidas Green Rock. 

Agora, chegou a sua vez de conhecer um pouco da trajetória e dos profissionais que dão vida a Azidus através da entrevista abaixo. 

1. Pergunta: Como surgiu a Azidus e qual era o contexto do setor na época?

Luciana:  A Azidus foi criada em 1999, há 25 anos. Era um período em que o governo federal, através do Ministério da Saúde, criou uma autarquia chamada Anvisa, que se tornaria a reguladora de diversos produtos de vigilância sanitária, incluindo medicamentos e produtos para a saúde. 

Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde implementou a política de medicamentos genéricos, que exigia estudos clínicos para comprovar a bioequivalência entre os genéricos e os produtos de referência. Eu trabalhava na indústria farmacêutica na época, e a empresa surgiu para atender essa demanda, prestando serviços inicialmente para a indústria onde eu trabalhava e, posteriormente, expandindo para outras empresas.

2. Pergunta: Como foi a experiência de trabalhar com pesquisa clínica no Brasil ao longo dos anos?

Luciana: As barreiras desde 1999 nunca foram relacionadas à qualidade dos pesquisadores, dos centros de pesquisa ou dos dados gerados. O maior desafio era a regulamentação, pois a Anvisa ainda estava em desenvolvimento. Inicialmente, não havia uma regulamentação clara, e conforme as regras iam sendo criadas e aprimoradas, havia muitas mudanças. Isso tornava o processo burocrático e imprevisível. 

Hoje, com a legislação mais estabelecida e um processo regulatório mais maduro, o Brasil se tornou um país muito atrativo para pesquisas clínicas, com pesquisadores qualificados, centros estruturados e processos bem definidos.

3. Pergunta: Com a nova legislação, o que muda na prática para a Azidus?

Luciana: A expectativa é de crescimento no setor, impulsionado não apenas pela nova legislação, mas também pela qualidade dos pesquisadores e profissionais do setor. A pesquisa clínica no Brasil vem amadurecendo desde os anos 80, e agora, com prazos mais previsíveis e regras mais claras, o setor pode crescer ainda mais. Isso reduz a variabilidade do processo e melhora a relação de custo para os desenvolvedores, tornando o Brasil ainda mais competitivo na pesquisa clínica internacional.

4. Pergunta: Qual é o estágio atual da Azidus?

Luciana: A Azidus é hoje uma empresa madura do ponto de vista técnico e está em um momento de aprimoramento de seus processos de governança, o que foi um dos fatores que motivou o investimento da Green Rock. Estamos em um estágio avançado na curva de crescimento, e a melhoria na governança deve contribuir ainda mais para a performance da empresa.

5. Pergunta: Quais são os passos da Azidus nos próximos 5 a 10 anos com a chegada da Green Rock?

Paulo: A chegada da Green Rock ocorre em um momento muito promissor para a pesquisa clínica. A Azidus já tem um histórico sólido e um alto grau de maturidade técnica, o que gera confiança no mercado. O investimento da Green Rock nos ajudará a seguir uma nova jornada de crescimento, baseada em experiência, maturidade e qualidade na entrega.

6. Pergunta: Considerando que o Paulo é recém-chegado na companhia, o que a parceria entre vocês dois traz para a Azidus?

Paulo: Trabalhar com a Luciana é uma grande oportunidade. Ela é uma referência no mercado, uma pioneira e uma empreendedora excepcional, atuando em um setor que ainda é muito tradicional. Aprendo muito com ela.

Luciana: A parceria traz uma expertise corporativa valiosa, essencial para implementar novos processos e aprimorar a governança da empresa. Quando compartilhamos a liderança, precisamos de pessoas alinhadas com a filosofia da empresa, mas que também tragam um olhar novo e uma expertise global.

7. Pergunta: O que vocês gostariam de destacar para os investidores sobre a Azidus?

Luciana: A Azidus é uma empresa verticalizada, com um conhecimento regulatório inigualável no Brasil. Nossa expertise permite oferecer segurança regulatória para nossos clientes, garantindo rapidez nos processos e evitando retrabalho. Nosso principal objetivo é entregar um trabalho eficiente e dentro do prazo, sempre mantendo uma relação de parceria com nossos clientes.

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Quer saber ainda mais sobre a Azidus? Leia a matéria "As pesquisas clínicas estão à beira de uma inflexão. A Azidus quer surfar a onda", publicada no portal Brazil Journal.