Liderada por Leopoldo Veras e Fernando Domingues, a Omni Saúde é a mais nova investida da Green Rock e surge no mercado como um benefício corporativo de planos de medicamentos.

O grande diferencial da Omni está no fato de ser independente da indústria farmacêutica e das redes de farmácias. Ou seja, o recurso oferece liberdade de escolha aos beneficiários, já que seu modelo permite a compra de medicamentos em qualquer farmácia do país, seja física ou digital.  

Além disso, trata-se de uma tecnologia simples de utilizar, pois são apenas três passos: capturar a receita médica, escolher o medicamento e realizar o pagamento via pix.

Ademais, para que esse serviço seja oferecido com qualidade e segurança, a startup estruturou um sistema antifraude robusto e utiliza inteligência artificial (IA) para fazer a gestão da quantidade de vidas associadas. 

Conheça um pouco da trajetória da Omni Saúde e as ambições para o futuro, no bate-papo abaixo feito com os fundadores. 

Entrevista com os fundadores da Omni Saúde

1. Pergunta: De onde surgiu a ideia para criar a Omni Saúde?

Leopoldo Veras: "Eu e o Fernando sempre discutimos sobre oportunidades no setor de saúde. Tenho mais de 25 anos de experiência na área, e, ao longo da minha carreira, percebi que o modelo de assistência farmacêutica no Brasil tinha lacunas significativas. O mercado é voltado para descontos e comércio de medicamentos, mas não para o cuidado efetivo das pessoas. Com isso em mente, nós dois decidimos criar a Omni, uma operadora digital focada no cuidado e na experiência do beneficiário, sem conflito de interesse com farmácias ou a indústria farmacêutica."

Fernando Domingues: “Bom, quando a gente comparou o mercado americano com o brasileiro, percebemos uma diferença bem clara. Nos EUA, o plano de saúde cobre medicamentos, o que faz sentido, já que isso reduz os custos com internações e tratamentos prolongados. No Brasil, porém, o plano de saúde não cobre medicamentos, então vimos uma grande oportunidade nesse gap. Essa foi a virada de chave.”

2. Pergunta: E na sua opinião, por que os benefícios de medicamentos ainda não emplacaram no Brasil?

Fernando Domingues: “São dois motivos principais. O primeiro é que os planos atuais oferecem apenas desconto, diferente do nosso modelo, que dá crédito para a pessoa comprar o medicamento e pagar em até 36 meses, proporcionando de fato um acesso real. O segundo motivo é que as empresas que oferecem esse benefício estão ligadas à própria indústria. Por exemplo, a Raia tem o plano de desconto dela, a Pacheco tem o dela, e esses benefícios ficam limitados a essas redes próprias. A Omni é a primeira operadora de medicamento independente do Brasil, o que significa que o cliente pode ir a qualquer farmácia. Não temos esse conflito de rede, o que nos diferencia no mercado.”

3. Pergunta: Em qual estágio você diria que a Omni está agora?

Leopoldo Veras: "A Omni nasceu muito bem estruturada, com um board robusto e muita experiência no setor. Hoje, estamos na fase de expansão. Temos grandes clientes como Riachuelo, Stone e Grupo Trigo, e estamos focados em crescer ainda mais, apoiados pela Green Rock."

Fernando Domingues: “Estamos em um estágio de crescimento acelerado. Começamos o ano com 1.500 vidas em janeiro, e em agosto já estamos com quase 13 mil vidas na plataforma. Crescemos 13 vezes só esse ano.”

4. Pergunta: O que vocês planejam para o futuro da Omni?

Leopoldo Veras: "Nosso objetivo é continuar melhorando a experiência do usuário e garantir a segurança do processo. Além disso, queremos ser um componente essencial na gestão de saúde das empresas, usando dados para oferecer insights que impactem a qualidade de vida dos colaboradores e a produtividade das empresas."

Fernando Domingues: “Nosso objetivo é chegar a 50 mil vidas até o segundo semestre do próximo ano.”

5. Pergunta: Como a cultura de saúde no Brasil influencia a Omni?

Leopoldo Veras: "O Brasil tem um número altíssimo de farmácias, mas isso não reflete em melhores resultados de saúde. Há um problema crônico de uso irracional de medicamentos, automedicação e abandono de tratamentos. A Omni quer mudar esse cenário, promovendo adesão ao tratamento e garantindo o cuidado adequado."

6. Pergunta: Para finalizar, o que você diria aos investidores sobre a Omni?

Leopoldo Veras: "A Omni preenche uma lacuna importante no sistema de saúde brasileiro. Estamos focados em segurança, experiência e na construção de um futuro em que os medicamentos sejam utilizados de forma racional e eficiente, impactando positivamente a saúde dos brasileiros.”

Com um modelo disruptivo e uma visão clara de futuro, a Omni Saúde está pronta para revolucionar o setor de benefícios corporativos, tornando-se uma das grandes promessas do portfólio da Green Rock.”

Fernando Domingues: “Acho que vale destacar que a Omni é a primeira healthtech brasileira que trabalha com PIX, e isso representa uma grande mudança no mercado. Temos uma parte que é bem inovadora, porque o nosso cliente compra pelo PIX, o que facilita muito o processo.”